Ligia Soares | 8 março, 2024
Elas se adaptam, e vem se adaptando há anos, as mulheres estão há décadas no mercado de trabalho buscando o tão idealizado lugar de reconhecimento. Desde o cenário mundial pós -guerra e o início da industrialização, mulheres ocupam cargos que antes eram exclusivos para homens, tendo enfrentado diversos desafios até a conquista de direitos trabalhistas nos anos 70. Neste artigo trataremos de temas como:
Mulheres na liderança e desempenho organizacional
Cenário nacional de liderança feminina
Impacto do ensino superior no mercado
É consideravelmente recente a presença de mulheres em todas as áreas de atuação, ainda mais ocupando posições de liderança. Segundo o estudo realizado em 2023 pelo IBGE, Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, a quantidade de cargos gerenciais ocupados por mulheres no mercado de trabalho equivale a 39%, contra 61% de homens na mesma posição.
Mulheres na liderança e desempenho organizacional
As organizações que priorizam o investimento em uma cultura de igualdade de gênero e diversidade não apenas promovem um ambiente mais inclusivo, mas também tendem a colher benefícios significativos em termos de desempenho e resultados. O relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão relacionado à ONU, evidencia que empresas comprometidas com a promoção da igualdade de gênero e diversidade geralmente alcançam melhores resultados em termos de rentabilidade, inovação, retenção de talentos e satisfação dos funcionários.
O relatório traz alguns dados que conectam a participação das mulheres no mercado de trabalho e a liderança feminina com o aumento do PIB:
- A redução de 50% na desigualdade de gênero nas empresas pode representar cerca de 6% de aumento;
- Se países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Itália e Portugal tivessem a mesma participação de mulheres no mercado do que a Suécia, cuja participação é de 80%, o PIB poderia aumentar em mais de 6 trilhões de dólares;
- Estimativas do Fórum Econômico Mundial apontam que, se a desigualdade de gênero fosse reduzida em 25%, seria acrescentado 5,3 trilhões de dólares ao PIB.
Portanto, ao adotar práticas e políticas que estimulam a diversidade e a inclusão das mulheres no meio corporativo, as organizações estão não apenas agindo de forma ética, mas também fortalecendo sua competitividade e posição no mercado.
Cenário nacional de liderança feminina
Mesmo que em atraso comparado ao panorama mundial, a participação feminina na presidência das empresas e em outros cargos de liderança no Brasil cresceu de 2019 a 2023. O aumento fez com que as mulheres passassem a representar 28% dos CEOs do país, porcentagem que antes era de 15%.
Outros cargos gerenciais também tiveram aumentos proporcionais: as mulheres passaram de 23% dos vice-presidentes do país em 2019 a 34% em 2022, e de 16% dos conselheiros a 21%. A única porcentagem que se manteve foi na diretoria, em 26%. De uma forma geral, elas ocupam 39% dos cargos com nível de gerência, porém, a desigualdade salarial ainda é muito presente, fazendo com que as mulheres recebam apenas 77,7% dos salários dos homens nessas posições.
Apesar dos muitos avanços necessários, a expectativa é otimista, pela primeira vez, todas as regiões do globo alcançaram patamares de 30% de mulheres na liderança. Na América Latina, a proporção subiu de 35% para 37%, de 2022 para este ano. O estudo Women in Business, ainda demonstra que houve um aumento geral de mulheres em diferentes cargos executivos, incluindo Diretoras de RH (40%), CFO (38%), COO (25%), CMO (25%) e CIO (23%). Os dados são referentes à proporção de mulheres nos respectivos cargos em 2023.
Impacto do ensino superior no mercado
Ainda apontado pelo estudo anteriormente citado, Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, realizado em 2023 pelo IBGE. As mulheres são maioria no banco das universidades, adquirindo maior conhecimento teórico, técnico e científico compartilhado no ensino superior.
As mulheres no Brasil conquistaram um número significativo de formação em ensino superior, o que demonstra seu comprometimento com a educação e qualificação profissional. Embora ainda enfrentem desafios significativos quando se trata de ingressar no mercado de trabalho e ascender a cargos de liderança nas organizações. Existem várias razões para essa disparidade:
Barreiras culturais e sociais: A sociedade brasileira ainda mantém preconceitos de gênero enraizados, que limitam as oportunidades de emprego e liderança para as mulheres. Estereótipos e papeis tidos como tradicionais ainda influenciam as percepções sobre as capacidades e habilidades de liderança das mulheres.
Falta de incentivo: As mulheres enfrentam a falta de reconhecimento ao desempenho de seus trabalhos, ocasionando na dificuldade de obter promoções e steps salariais. A falta de modelos de liderança feminina e a ausência de apoio dentro das organizações podem dificultar seu crescimento.
Viés de gênero enraizado: Muitas empresas ainda têm estruturas organizacionais e práticas de recrutamento que favorecem os homens em detrimento das mulheres. Isso pode incluir preconceitos durante processos seletivos e promoções, hostilidade no cumprimento de direitos como a licença-maternidade, além de ambientes de trabalho não inclusivos.
Para enfrentar esses desafios e promover a igualdade de gênero, é fundamental que as empresas implementem condutas que apoiem o desenvolvimento das mulheres. Isso pode incluir programas de mentoria, políticas de igualdade salarial, promoção da diversidade em todos os níveis da organização e uma cultura empresarial que valorize a equidade de gênero.
Como a AdGrowth se posiciona?
A AdGrowth trabalha em prol do respeito e integração de todos seus funcionários e as mulheres são parte essencial de nosso ecossistema. Promovendo sempre a iniciativa criativa e reconhecimento de que a diversidade de experiências é fundamental para impulsionar a inovação e a elaboração de soluções.
Acreditamos que a implementação de políticas e ações que possibilitam o desenvolvimento de nossas colaboradoras é essencial para o bem-estar das mesmas e para o crescimento saudável de nosso grupo empresarial.
Atualmente 57,14% das lideranças de nossos times são representadas por mulheres, com forte incentivo de programas de contratação que encorajam a atuação feminina na área de tecnologia. Ao todo, somam-se 54,67% de profissionais mulheres em nosso grupo.
“As mulheres sempre demonstraram uma enorme iniciativa diante de todo tipo de situação, no mundo corporativo não seria diferente. Quando oferecemos um ambiente de trabalho íntegro e respeitoso, com espaço de escuta e expressão para nossas colaboradoras, também desbloqueamos todo seu potencial profissional. Como consequência, alavancamos o desenvolvimento da empresa.”
Afirma Natália Gianesi, Coordenadora do time de People da AdGrowth, enfatizando os valores da empresa a respeito da equidade de gênero. Nosso progresso é evidente, com uma representação significativa de mulheres em posições de liderança e a busca por aprimoração do ambiente corporativo e missão institucional.
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